Visita na Aldeia

Na última segunda-feira, houve reunião com os representantes do Ministério da Educação! Eles anotaram todas as necessidades da escola e Aldeia. Agora é aguardar!!!

Confirmada "Caravana do Sorriso' 2014!

Precisamos de muitos Dentistas, pois teremos mais de 700 crianças e muitos adultos!!
Saida do Brasil: 11/07/14 
Chegada no Brasil: 11/08/14

Informações no (11) 4773 2726 ou 9 5437 0194.

Caravana do Sorriso: Entrevista com a dentista Grazielle Campanella

A odontóloga Grazielle Campanella, de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, fez parte da equipe de brasileiros que esteve, no mês de julho, em Angola, participando do Projeto Caravana do Sorriso.  Formada há 14 anos, ela acredita que pelo menos 10 dentistas e 10 "auxiliares" conseguem, em um mês, atender os alunos e funcionários da escola. Aprenda um pouco com esta profissional que cedeu suas férias para estar na Aldeia Nissi, ajudando a reconstruir sonhos!

Como conheceu o projeto?
Conheci através do DVD de um dos espetáculos da Cia de Artes Nissi. Assisti um documentário que vem nos Extras e me apaixonei. Em seguida, apadrinhei uma das crianças.

Foram quantos dias de viagem e quantos dias de atendimento?
A viagem toda durou 15 dias, mas fizemos os atendimentos em 7.

O que mais a impactou durante estes dias?
O maior impacto foi ver que as crianças tem carência de tudo: roupa, sapato, atenção, carinho orientação, perspectiva...

Que caso lhe chamou mais a atenção?
Meu Deus...difícil pensar em um só...mas teve uma menina que eu apadrinho. Ela tem 5 anos de idade e quase todos os dentes com problema. Quando perguntei sobre escovar os dentes, soube que ela NUNCA teve escova e nunca havia escovado os dentes!!!!Mas são tantos nessa situação ou em situação pior, que é chocante!

Que história não sairá da sua cabeça?
A mãe Anastácia, uma funcionária da escola, me trouxe um homem que estava com dor (um dos vizinhos da escola) e me pediu que o atendesse. Ele tinha um braço amputado na altura do ombro e muitos dentes perdidos e os outros extremamente comprometidos. Ao saber da história dele descobri que o homem havia perdido o braço durante a guerra e, que, até hoje, não recebe ajuda do governo. Ao perguntar a idade dele, soube que o homem tem dois anos a mais que eu!!!!Quando ele saiu dali, eu não consegui me segurar e chorei muito!

Qual a primeira sensação quando chegou na Aldeia? O que passou pela sua cabeça? Felicidade enorme! Como se a minha vida toda fosse o caminho pra eu chegar naquele exato lugar: Angola!

Você incentivaria outros profissionais da sua área?
Com certeza! A gratidão e o carinho de servir um pouquinho que seja é maravilhoso!

Pretende voltar?
Voltar? Já estou planejando 2014!!

O que mais marcou você nessa viagem?
Como o pouco que fazemos representa muito na vida das pessoas.

Caravana do Sorriso: Entrevista com Dentista Rafael Aveiro

Por dez dias, uma equipe de brasileiros esteve na Aldeia Nissi, a fim de prestar serviços voluntários para as pessoas atendidas pelo Projeto que hoje atende mais de 700 crianças e cerca de 100 adultos, na Província do Bié, em Angola. A Assessoria de Comunicação da ONG conversou com Rafael Aveiro, Cirurgião-Dentista, de São José dos Campos, interior de São Paulo, para saber como foi a primeira edição da Caravana do Sorriso.

Vocês ficaram quanto tempo em Angola? 

Saímos do Brasil dia 15 de julho. Chegamos na Aldeia no dia 17. Os atendimentos começaram no dia seguinte. No dia 27 fomos para Luanda, de lá, retornamos ao Brasil, dia 31.

Os atendimentos foram realizados em que período?

Apenas nos dias úteis. Atendíamos no período das aulas, das 08:30 às 11:30 e das 13:30 às 17h30. Eventualmente, tivemos que ir até mais tarde alguns dias por causa da grande demanda, mas o atendimento ficava prejudicado pela falta de luz.

Como conheceu o Projeto?
Conheci por meio da Cia de Artes Nissi que esteve apresentando um de seus espetáculos em minha cidade.
Quando chegaram na Aldeia Nissi, qual foi a primeira sensação?
A primeira sensação ao chegar na Aldeia foi de alívio, pois foram quase 14 horas de ônibus, de Luanda (Capital) até lá (risos).... Mas me lembro da sensação de que tudo o que eu tinha planejado para a “Caravana do Sorriso” estava virando realidade.

Dormiram onde?

Dormimos em barracas que montamos dentro de uma Casa que foi construída com mão-de-obra de  voluntários.

Quantas pessoas foram atendidas?

Atendemos 152 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da Escola Sebastiana Garcia e algumas pessoas de fora, como a família do Diretor e membros da IEIA.

O que mais te impactou?
A alegria daquele povo, pois apesar das dificuldades, das necessidades e da dor que essas crianças e adultos passam e passaram, elas têm muita alegria!

Que imagem não sai da sua cabeça?

A de um menino que atendemos: Se chama Pepe. Ele sofria há alguns anos com uma infecção dentária. Chegou a ir até Huambo (Província Vizinha) na época, mas o dente ainda permanecia lá e, tivemos que extrair. Foi uma cirurgia muito demorada e traumática para ele, pois por causa da infecção, que ainda existia, a anestesia não teve seu efeito máximo. Foram mais de duas horas para que eu e uma das colegas conseguirmos tirar o dente... e ele sentindo muita dor. Mas é um rapaz extremamente forte e resistente, pois apesar da dor ele continuava a nos deixar tentar tirar o dente dele...

Você percebeu que há uma imensa carência nessa área, tal como em todo o setor da saúde. Pretende voltar?

Claro que pretendo voltar. Tenho um projeto de levantar uma clínica com pelo menos 5 cadeiras odontológicas para realizarmos o tratamento completo de todas os 700 alunos e, depois abrirmos para a comunidade ao redor. 

Pretendo voltar lá todos os anos para continuar a Caravana do Sorriso até que Deus me permita.

Registro de Rafael Aveiro

Imagens feitas no mês de julho.

Um Pouco de Lá!